sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O Andarilho do Frio (Cena II)

O Encontro



(...) entrei rapidamente e fui sentar-me em uma das mesas do fundo onde eu podia ver ao longe o arco do triunfo e suas inúmeras luzes.
Respirei aliviada quando o vulto de capuz passou batido pela portaria do café – ufa! Sem demora pedi um capuccino grande com muito creme chantili e um pedaço de torta de suspiro com creme.
Enquanto esperava aproveitei para dar uma olhada geral em redor. O ambiente era composto por um balcão em granito mesclado em tons grená e bege com designer e bordas redondas e em toda a volta via-se banquetas laminadas em tom dourado com assentos em carmim.
O piso era quadriculado de vermelho e branco e nas paredes, obras que retratavam a Paris dos anos 30.
Do lado oposto de onde eu estava vi uma escada em espiral que levava ao bar no primeiro andar, que estava apinhado de estudantes barulhentos e desvairados.

As mesas que compunham o andar térreo eram de madeira patinada com toalhas bordadas em macramê em tom pastel, e no centro pequenas luminárias alaranjadas. As janelas eram arqueadas em abóbodas com vitrais coloridos que, naquela noite, bailavam com a neve.

Nesse instante comecei a revirar minha bolsa procurando meu celular. Eu precisava avisar Carrilho que já estava em Paris e logo mais iria a procura de Apolinário.

Finalmente chegou meu café. Ah, o aroma do Brasil revirava meus olhos. Ao primeiro gole me lambuzei com todo aquele chantili e fui contemplada com a vitrola que começou a tocar F. Comme Femme a pedido de um casal que se aglutinava em beijos na mesa ao lado da minha. Ai que fúria, seria melhor se fossem pra um motel!

Ao primeiro bocado da torta, percebi que adentrou o salão um homem de estatura mediana, mais ou menos 1.80 de altura, olhos azul violetados, cabelos louros até o ombro, finos e escorridos. Trazia na cabeça uma boina de feltro xadrez azul e preta. Seu rosto, retorcido, confundia a expressão, e a barba por fazer conferia-lhe o aspecto devastador das guerras.

Encolhido e com as mãos metidas no bolso do sobretudo sentou-se ligeiro em uma das banquetas pedindo um café e um conhaque. Curiosamente ele me fitou e eu, disfarçadamente desviei meu olhar para os (ainda calientes) beijos do casal vizinho, aproveitando para lamber um restinho de chantili que estava na colher.

Olhei com o canto dos olhos e vi que sofregamente sorvia a bebida.Em seguida, pegou a xícara de café e veio caminhando em minha direção.
TREMI NA BASE!


(...)continua
by Lu Cavichioli


4 comentários:

  1. AAAAAAAAAIIII NÃOOO, MAIS SUSPENSE MEU PAI, O QUE ELE QUER LUCIA?/ ELE VAI FALAR COM ELA?/ ERA O HOMEM QUE ESTAVA SEGUINDO? OU NÃO TINHA NIGUPEM SEGUINDO? É CONHECIDO?? É DOIDO? É TARADO?? GGGGRRRR, COLOCA LOGO A CONTINUAÇÃOO..


    AHH ADORO TEUS DETALES," CAFÉ COM CREME CHANTILY, E SUSPIRO" É A TUA CARA, TE VEJO COM ISSO NAS MÃOS E BEBENDO, NÃO SE LAMBUZANDO COMO EU, PQ É DELICADA, SE FOR EU,KKKK.

    MAS ESTA TUDO LINDO, QUERO VOLTAR LOGO PRA LER MAIS. BJS!

    PATTY

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  2. kkkkkkkkkkk Oi Patty, adoro quando vens e fica assim toda tendo ataques por causa do que leu !! hehehe

    ahuahuahuauh imagino vc se lambuzando de chantily.
    Delicada, eu? Obrigada Mademoiselle! rsrsr

    beijão lindeza!

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  3. Eu sei o que vem agora! Eu sei o que vem agora!

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  4. Eita!!!! Primeiro, o assustador de capuz. Agora, um estranho tipo que se aproxima. Estava tão atenta aos detalhes do local, imaginando o casal aos beijos, o chão, a decoração... e você traz esse homem de rosto retorcido (hheheh). Bjs.

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